Mensa Brasil divulga finalistas do Prêmio Pier

Publicado há 5 anos

Indicados de áreas distintas compõem o conjunto dos cinco finalistas do Prêmio Pier – edição 2018. A premiação foi criada pelo capítulo brasileiro da Mensa (sociedade de alto QI) e busca reconhecer quem, por meio do bom uso da inteligência, contribui e/ou contribuiu para a sociedade.

Pierluigi Piazzi dedicou sua vida ao ensino e à leitura. Nascido na Itália em 1943, imigrou ao Brasil em 1954. Ávido leitor, fazia amizade com os donos de bancas de jornais para garantir a importação de livros de ficção científica para acompanhar os mais novos lançamentos. Foi o segundo presidente da Mensa Brasil, com mandatos entre 2007 e 2009. Fora professor de cursos preparatórios em São Paulo e inventor da “apostila caderno” do cursinho Anglo. Ensinou raciocínio lógico, programação e afirmava que ninguém nasce inteligente e que se podia (tão somente por meio do estudo) se tornar inteligente. Fundou a editora Aleph, que até hoje é destaque na área de publicação de ficção científica no Brasil. Popular, teve presença massiva na mídia em programas na TV Cultura, Jovem Pan AM, Radio Eldorado AM, colunas no Estado de São Paulo, entre outros. Foi o membro nº 74 da Mensa Brasil (ingressou em fevereiro de 1991). Faleceu em março de 2015.

O critério de participação foi que um dos 1643 membros da Mensa Brasil indicasse e justificasse vida e obra do concorrente. Seis pessoas foram indicadas ao prêmio e, de acordo com o edital, passam à escolha final um máximo de cinco concorrentes. Somente houve uma desclassificação, por não preencher o requisito de justificativa com 3000 caracteres. O Prêmio Pier é uma iniciativa da Mensa Brasil com anuência da família de Pier. O Prêmio se insere nos objetivos da Mensa de identificar e promover a inteligência humana em benefício da humanidade e tem como público-alvo pessoas naturais, brasileiras ou estrangeiras, residentes e domiciliadas no Brasil ou que aqui apliquem majoritariamente seus esforços.

O primeiro indicado foi Marcello Caminha – músico, vencedor de várias premiações de música, criador de método de violão gaúcho. Até Marcello criar o método, a cultura do violão gaúcho era passada de violonista para violonista. A cultura gaúcha abrange não apenas a parte sul do Brasil, mas toda a extensão do Uruguai, Argentina, Chile e ainda parte do Paraguai, com variações regionais de ritmo que são influenciados por cultura local e geografia.

Rosaly Lopes é a segunda indicada. Carioca, formada com louvor na Universidade de Londres, trabalha no Jet Propulsion Laboratory (EUA). Astrofísica, especialista em geologia e vulcanologia alienígena. Fez parte da equipe que descobriu 71 vulcões ativos na lua Io, de Júpiter e da equipe da Missão Cassini, que enviou sonda para estudar as luas de Saturno. Sua pesquisa permitiu escolher os alvos para futuras missões em busca de vida biológica no nosso sistema solar.

O terceiro indicado é Guilherme Moisés Sampaio, físico, mestre em ciência dos materiais, estudioso de nanotecnologia de materiais na área de magnetismo de sistemas, campo interdisciplinar que tem despertado grande interesse de pesquisadores nas últimas décadas. Guilherme é o membro nº 1601 da Mensa (ingressou em agosto deste ano) e é autor do trabalho “Nanopartículas Magnéticas – Propriedades Físicas e suas Potenciais Aplicações Biomédicas”. O trabalho busca evidenciar aplicações diversas, como por exemplo na biomedicina no tratamento de doenças como o câncer, em técnicas de aumento de contraste em exames de imagem e em novas técnicas como magnetohipertermia.

O quarto indicado é Rodrigo Lopes Sauaia, co-fundador e presidente executivo da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), co-fundador e membro do conselho diretivo do Global Solar Council (GSC) e consultor estratégico para a área de energia solar fotovoltaica junto ao Greenpeace Brasil. Rodrigo é o membro nº 1043 da Mensa (ingressou em setembro de 2013). É doutor em engenharia e tecnologia de materiais, mestre em energias renováveis e graduado em química. Seu trabalho desenvolve ativamente o mercado de energia solar fotovoltaica, além de estabelecer uma relação benéfica da humanidade com seu ambiente.

O quinto e último indicado é Luiz Otto Faber Schmutzler, já falecido. Fora engenheiro civil e trabalhou na Gessy Lever como Gerente de Produção. De forma independente, inventou coisas curiosas. Dentre suas várias invenções destacam-se uma churrasqueira que não produz fumaça, um sistema de proteção traseira de parachoque de caminhões (que fora doada ao governo brasileiro e posteriormente adotada pela GM e Mercedes), e um invento que utiliza de caixas de alumínio Longavida para forrar teto de casas populares.

O primeiro vencedor do Prêmio Pier será conhecido de todos neste sábado, 1º de dezembro de 2018, em evento a ser realizado em São Paulo.

Boa sorte aos indicados.